Cultura indígena dos kaxinawás

Os kaxinawás têm uma cultura rica e vasta. São um povo feliz, sem dúvida, apesar de todo o contexto de ameaças constantes de perda de seu território para não índios – que provavelmente desmatarão a floresta. Sempre tocam e cantam quando estão experimentando e trabalhando na feitura da sua valiosa medicina da floresta. Quando estão em seu culto religioso (que costuma ter a duração de uma noite completa, do sol poente até os primeiros raios de sol do dia seguinte) comungam com seu chá sagrado, a ayahuasca. Nesses rituais eles bailam e cantam com o intuito de emanar vibração positiva para os deuses, para o aniversariante, para o doente ou simplesmente para todo o mundo. Têm o hábito cultural de desejar o bem para todos, cultuando a paz, a harmonia no coração, a compaixão e, principalmente a gratidão.

Luiz Pardal, idealizador da expedição Povo da Floresta, conta que quando esteve na aldeia do Caucho, em março de 2017, comemorou com muita vibração de amor, felicidade e gratidão o aniversário de um amigo. Os integrantes da expedição chegaram por volta das 2h30 a Tarauacá, subindo o rio Murú nos pequenos barcos dos índios.

“Encontramos essa maravilhosa e simpática aldeia, composta de um povo simples, amoroso e muito feliz. O motivo da comemoração, era o aniversário do nosso txai do rio Murú, o Txuã Hua Bake, que completava 20 anos naquele dia”, conta Pardal, que foi convidado a participar da festa com pajelança (série de rituais realizados pelo pajé indígena em certas ocasiões com um objetivo específico de cura ou magia), mas não pode compartilhar dos momentos na aldeia.

“Não pude ficar para ver toda a festa, mas vi muitos convidados txais índios. O evento contaria com a presença de alguns líderes de outras aldeias, como Tuin Hua Hunikuin, querido txai da aldeia Tamandaré (a uma hora de barco da aldeia Caucho).”

Ao falar da vontade de ficar para ver as celebrações, o aniversariante Txuã tornou-se correspondente do Povo da Floresta, e fez uma série de fotos dos irmãos de etnia compartilhando aqueles momentos e os ensinamentos que os hunikuins do rio Murú levaram à ocasião.

Abaixo, é possível ver algumas imagens desses momentos, que podem um dia serem vivenciados em uma nova expedição à floresta Amazônica. A agendada será em março de 2018. Você pode fazer parte da nossa vivência e imersão à cultura dos “txais’.

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