Expedição e Vivência no Povo Hunikuin’s do Alto e Médio Envira.

Janeiro/2020

Visitação nas Aldeias: Novo Segredo, Boa Vista e Formoso no Alto Envira e Mãmukaya no Médio Envira.

As aldeias Novo Segredo, Boa Vista e Formoso, com população indígena da etnia hunikuin do alto Envira, está localizada de 5 a 6 dias de navegação fluvial de barco da região, com o nome de “batelão’’ indígena. A aldeia Mãmukaya, localizada no médio Envira, também estendeu o convite para visitação a suas terras e conhecer mais a sua cultura.

O roteiro desta expedição foi construído em conjunto com o Líder Bainawá da Aldeia Novo Segredo da Etnia Hunikuin. É raro um grupo visitar o alto Envira tornando assim uma oportunidade única no ventre da floresta amazônica. Segundo Bainawá participar do rito é muito especial e bem incomum, momento em que os hunikuins celebram a noite “…da grande lua que se esconde no céu por um tempo….”.

O motivo deste rito mágico e expressão do txai, é que no dia 10 de janeiro ocorrerá a 1ª lua cheia do ano e o 1º eclipse do ano. Essas sobreposições de agenda natural fazem com que os hunikuins e outras etnias realizem seus trabalhos espirituais no meio da floresta.

Os participantes da expedição terão uma experiência única neste ritual!

Nossa Missão

Ajudar na construção de um hospital indígena destinado ao tratamento e cura dentro da floresta. Bainawá planejou um Hospital Indígena que contém um laboratório de medicina natural, um consultório onde os pajés realizam os atendimentos, e uma hospedaria para os pacientes txais e nawas passem a noite após a realização dos ritos de cura dos pajés com o uso das medicinas da floresta. Neste espaço haverá a junção da medicina e da sabedoria indígena na arte da cura.

O expedicionário deve ter o objetivo de colaborar com a doação de ferramentas, mão de obra de carpintaria e demais materiais e serviços necessários para a construção do projeto do povo Hunikuin. Estes utensílios e demais serviços serão adquiridos na cidade ribeirinha mais próxima ao povo, cidade de Feijó/Acre.

A renda angariada nesta expedição atenderá aos custos necessários para a realização das atividades previstas no roteiro da expedição e o excedente, cerca de 65%, será destinado a aquisição de material para a construção do Hospital Indígena, a Casa de Tratamento de Medicinas Ancestrais – CTMA.

A data inicial e final da expedição estão definidas, porém o roteiro está sujeito a alterações pontuais e atualizações das informações.

Detalhes do Roteiro e Datas

Ponto de Encontro: Cada um dos participantes deve chegar no aeroporto de Rio Branco no dia 02/01 no período noturno. Os voos advindos de várias origens do Brasil chegam normalmente neste aeroporto entre 21 hrs do dia 02/01 e a madrugada do dia 03/01 às 1:30 h, podendo este tempo se estender.

Após o encontro do grupo, iremos para a pousada ou hotel na cidade de Rio Branco onde grupo fará um breve descanso, seguindo para Feijó após café da manhã. A viagem leva aproximadamente de cinco a seis horas, via transporte terrestre com pernoite em Feijó. Chegaremos em Feijó no final da tarde.

Entrada na Floresta:

Dia 03/01 – Pela manhã, após breve café da manhã, seguiremos para Feijó. Esta viagem leva aproximadamente de cinco a seis horas, via transporte terrestre. O tempo de viagem fluvial está estimado entre 3 e 4 dias de navegação, aproximadamente 30 a 35 horas de navegação adentro da floresta, subindo o rio até o alto Envira. Durante o percurso as pernoites ocorrem em rede com mosquiteiro dentro do barco. Haverá cantorias dos txais e experimentações de medicina durante a viagem de subida do rio. Estima-se a chegada na aldeia Novo segredo no final do dia 07/01 ou durante o dia 08/01. Nosso percurso dependerá das condições climáticas locais.

Atividades Principais

• Passeios pela floresta e trilhas sagradas.
• Noite de cantorias e contações de histórias.
• Trilha das medicinas.
• Defumações e banhos sagrados.
• Momentos de reza e cura com os pajés do Hunikuin.
• Noites com a ritos sagrados e experimentações das medicinas sagradas.
• Trabalhos espirituais e concentração dentro da floresta.
• Plantio de árvores nativas e plantas medicinais.

Saída na Floresta:

Dia 15/01 – Neste dia pela manhã inicia-se a viagem de volta da expedição. Este percurso demanda de 13 hrs a 18 hrs de navegação rio abaixo. É previsto uma parada para pernoite na aldeia Mãmukaya, da etnia Hunikuin, situada no médio Envira. Nesta aldeia vive uma índia Hunikuin com 127 anos, talvez uma das mulheres mais idosa do planeta. HAUX HAUX HAUX… Está previsto um passeio pela região e um trabalho com o povo desta aldeia durante a noite. A acomodação será em redes no barco ou na aldeia.

Dias 16/01 -Partiremos para a cidade de Feijó durante a manhã onde pernoitaremos este dia. e Dia 17/01 – Pela manhã o grupo parte para a cidade de Rio Branco. Um jantar será oferecido aos expedicionários antes da partida no aeroporto local para onde todos seguirão para suas cidades de origem.

Sentiu o chamado para essa expedição maravilhosa? Então não perca tempo e faça contato conosco pelo contato@povodafloresta.com.br para reservar o seu lugar e receba mais informações!*

Caso tenha interesse em continuar na floresta por mais tempo basta participar da próxima expedição e vivência no povo Shanenawa, permanecendo na cidade de Feijo no aguardo do próximo grupo que inicia no dia 18/01.

Valor total sugerido da expedição de 02/01 a 17/01/2020: R$ 6.080,00 ou USD 1.520,00. À vista ou por meio do cartão de crédito.

Para assegurar a locação do barco e contratação da tripulação, faz-se necessário o sinal no valor de R$ 600,00 a ser depositado na conta da liderança da aldeia. Passarei essa informação após o contato e manifestação de interesse: contato@povodafloresta.com.br

Maiores informações sobre a Expedição podem ser obtidas acessando o Material Detalhado abaixo.

NOSSO PROPÓSITO

O Povo da Floresta nasceu de um desejo genuíno de transformação da minha vida. Uns podem dar o nome de chamado, mas eu prefiro dizer que era uma necessidade de buscar um significado maior da minha existência como ser humano. Essa busca me levou a nutrir minha espiritualidade e do autoconhecimento. Muitos são os caminhos. Minha escolha foi tomar o daime (a ayhuasca) e conhecer um pouquinho a cultura dos índios do Acre, região de grande tradição da bebida sagrada. A minha ida ao território dos povos indígenas me encheu de energia imensurável e senti que mais pessoas tinham de conhecer e poder sentir tudo o que vivi.

Percebendo que muitas pessoas como eu passam pela necessidade de reinvenção, de busca de propósito, convidei um grupo de pessoas para ajudar no projeto Povo da Floresta, que possibilita a troca de saberes com povos que vivem na Amazônia, especificamente no Acre.

E é preciso, de alguma forma, retribuir ao povo da floresta. Foi assim que comecei a pensar no projeto de expedições e procurei os líderes das etnias para saber se eles gostariam de participar e se nossa ideia poderia oferecer algum perigo a eles.

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A resposta foi positiva no sentido de contribuir pela busca da espiritualidade e da proteção ao ambiente. Eles decidiram então que podíamos caminhar lado a lado. Assim, desenhamos as expedições para que quem visite consiga se integrar à rica e vasta cultura dos hunikuins, shanenawás e a (terceira etnia).

Nosso intuito é oferecer aos expedicionários e expedicionárias uma experiênica espititual e ambiental, num local de força extrema. Mas sem alterar a rotina dos povos que ali vivem. Por esse motivo, os grupos são de até 10 pessoas e forma de retribuição às tribos é oferecendo materiais que eles escolhem, como ovas de peixes (para criação em pequenos açudes onde podem pescar na época de reprodução dos rios amazônicos), instrumentos musicais e o que eles necessitarem. Os materiais são de escolha dos líderes das tribos e são incluídos no planejamento da expedição. Além disso, o Povo da Floresta forma cada expedicionário ou expedicionária como multiplicador e defensor da cultura desses povos, da floresta e da natureza. Tudo em profundo respeito com o território, com os saberes ancestrais e com os moradores originais da terra que não índios chamam de Brasil.  

Interessado em participar de uma expedição? Deixe uma mensagem!