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Os papéis das mulheres nas aldeias indígenas do Rio Envira.

A Comissão de Mulheres Indígenas da Rio Envira – COMIRE é formada por representantes mulheres e de jovens de 39 aldeias na região de Feijó/Acre. São elas que incentivam  trabalho coletivo e a boa educação na aldeia e são escolhidas pela comunidade pelo seus dom e talento nas atividades que realiza.

 

Siriani Kawinawa é a atual líder da Comissão de Mulheres Indígenas da Região do Envira – COMIRE e explica que os objetivos da comissão são de participar de eventos e reuniões regionais, governamentais ou não, representando a coletividade feminina exigindo seus direitos e necessidade além do compartilhamento destas informações com a comunidade das mulheres caciques, artesãs, parteira e pajé. Siriani explica que a habilidade do artesanato é passada de geração por geração tornando as mulheres artesãs nas quatro etnias indígenas. A cacique mulher representa a aldeia em reuniões externas e entre aldeias e é escolhida em uma reunião da comunidade. Normalmente o cacique representa uma família com o posto ocupado de pai ou mãe para filho ou filha e o escolhido deve possuir a capacidade de diálogo. A parteira normalmente faz todos os partos da aldeia e esta habilidade é identificada pela mãe nas filhas. A formação de parteira não é certificada, contudo é muito importante ser valorizada e reconhecida pela sociedade a parteira indígena. Já a formação do pajé é feita com o acompanhamento do aprendiz das atividades do pajé. Atualmente jovens estão se formando pajé incorporando o conhecimento das plantas, dos chás, das dietas tendo a necessidade de cumprir uma série de etapas e dietas sendo a formação continua do aprendizado. A troca de conhecimento entre os pajés é uma atividade constante no mundo indígena.