Expedição, Vivência e Festa Cultural do Povo Shanenawa

JULHO 2020

A aldeia Kané Maéra, conhecida como Paredão, é originária da etnia Shanenawa e possui uma população formada por aproximadamente 173 indígenas, e destes 77 são crianças. Ela está localizada a uma hora e meia (1h:30m) de transporte fluvial da cidade de Feijó, que está distante 368 km da capital Rio Branco no Estado do Acre (BR).

Festa Cultural – Os Shanenawas comemoram anualmente, com muita alegria e religiosidade, a boa colheita agrícola que tiveram e esperam ter em suas terras. Uma oferenda de energia a seus Deuses. Convidam outras aldeias e etnias para festejarem com eles e, este ano, cerca de 15 aldeias e algumas etnias estarão presentes: os hunikui do Envira, os Kampa, os Shawãdawa e os Jaminawas. Desta vez, será aberta ao público até 05 pessoas.

Nossa participação, como expedicionário, tem como objetivo colaborar com a doações de insumos, produtos ou serviços necessários para a realização dos projetos da aldeia. Normalmente, o tipo de doação é definido próximo da viagem e limitado ao valor da contribuição conforme o tamanho do grupo formado para a vivência.

A renda arrecadada nesta expedição atenderá exclusivamente a cobertura dos custos necessários para a realização das atividades previstas neste roteiro e, aproximadamente 65% do valor é destinado ao apoio ao povo Shanenawa.

Detalhes do roteiro:

Cada participante deve chegar no aeroporto de Rio Branco entre dia 20/07 a partir das 21:00 hrs. Os voos advindos de várias origens do Brasil chegam normalmente neste aeroporto entre o final da noite e início da madrugada. Estamos chegando na floresta!

Entrada na Floresta:

20/07 – Após chegada em Rio Branco, o grupo fará um breve descanso em hotel ou pousada em Rio Branco.

21/07 – Pela manhã, após breve café da manhã, seguiremos para Feijó. Esta viagem leva aproximadamente de cinco a seis horas via transporte terrestre. Chegando em Feijó faremos as compras dos equipamentos e doações. Adquirido todos os produtos necessários, partiremos para a Aldeia Paredão, por meio de embarcação indígena. Na chegada haverá recepção dos índios com passeio na aldeia. A noite abertura do trabalho de pajelança dirigida pelos txais da aldeia.

22 e 23/07  -Passeios pela floresta e trilhas sagradas. Noite de cantorias e contações de histórias e trabalho com as medicinas da floresta.

24, 25 e 26/07 – Abertura e fechamento da festa cultural da produção agrícola do povo Shanenawa. Nesses dias, haverá muita interação com os povos presentes, com brincadeiras, danças típicas, como a Xakury entre outras. À noite, trabalho espiritual com os xamãs espirituais presentes de agradecimento a presença do grupo.

Saída da Floresta:

28/07 – Após permanência na aldeia, o grupo retorna via transporte fluvial para Feijó. Lá o grupo retorna para Rio Branco por meio de transporte rodoviário direto para o aeroporto.

Sentiu o chamado para essa expedição maravilhosa? Então não perca tempo, entre em contato pelo email  contato@povodafloresta.com.br e reserve o seu lugar. 

Informação detalhada da Expedição Julho/2020 clique aqui.

Shavá! Shavá!

NOSSO PROPÓSITO

O Povo da Floresta nasceu de um desejo genuíno de transformação da minha vida. Uns podem dar o nome de chamado, mas eu prefiro dizer que era uma necessidade de buscar um significado maior da minha existência como ser humano. Essa busca me levou a nutrir minha espiritualidade e do autoconhecimento. Muitos são os caminhos. Minha escolha foi tomar o daime (a ayhuasca) e conhecer um pouquinho a cultura dos índios do Acre, região de grande tradição da bebida sagrada. A minha ida ao território dos povos indígenas me encheu de energia imensurável e senti que mais pessoas tinham de conhecer e poder sentir tudo o que vivi.

Percebendo que muitas pessoas como eu passam pela necessidade de reinvenção, de busca de propósito, convidei um grupo de pessoas para ajudar no projeto Povo da Floresta, que possibilita a troca de saberes com povos que vivem na Amazônia, especificamente no Acre.

E é preciso, de alguma forma, retribuir ao povo da floresta. Foi assim que comecei a pensar no projeto de expedições e procurei os líderes das etnias para saber se eles gostariam de participar e se nossa ideia poderia oferecer algum perigo a eles.

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A resposta foi positiva no sentido de contribuir pela busca da espiritualidade e da proteção ao ambiente. Eles decidiram então que podíamos caminhar lado a lado. Assim, desenhamos as expedições para que quem visite consiga se integrar à rica e vasta cultura dos hunikuins, shanenawás e a (terceira etnia).

Nosso intuito é oferecer aos expedicionários e expedicionárias uma experiênica espititual e ambiental, num local de força extrema. Mas sem alterar a rotina dos povos que ali vivem. Por esse motivo, os grupos são de até 10 pessoas e forma de retribuição às tribos é oferecendo materiais que eles escolhem, como ovas de peixes (para criação em pequenos açudes onde podem pescar na época de reprodução dos rios amazônicos), instrumentos musicais e o que eles necessitarem. Os materiais são de escolha dos líderes das tribos e são incluídos no planejamento da expedição. Além disso, o Povo da Floresta forma cada expedicionário ou expedicionária como multiplicador e defensor da cultura desses povos, da floresta e da natureza. Tudo em profundo respeito com o território, com os saberes ancestrais e com os moradores originais da terra que não índios chamam de Brasil.  

Interessado em participar de uma expedição? Deixe uma mensagem!