Pelé

Francisco da Silva Cruz, 57 anos

Caboclo nascido no Seringal Suissa, localizado no rio Cruzeiro do Vale, estado do Acre, Brasil.  Fundador do projeto e guia dos nossos roteiros. Mora na floresta com sua família (é marido de Mapoeni), na cidade de Feijó (Acre). Pelé tem um profundo conhecimento da medicina da floresta, pelas práticas xamânicas. Fardado pelo CEFLURIS, é mestre de feitio de preparo do Santo Daime. Trabalha com a medicina da floresta.

Mapoeni

Cleumilda, 38 anos

Cabocla nascida no Seringal Bagé, na região de Encantada, estado do Acre. Mora na floresta com sua família (é mulher de Pelé), na cidade de Feijó. É fundadora e integrante do projeto, no qual atua para que toda a organização da expedição aconteça com conforto e segurança aos visitantes e povo da floresta. É a cozinheira, arrumadeira e apoio aos grupos.

Juli

Julimar, 4 anos

Caboclinho nascido em Cruzeiro do Sul, filho do Pelé e Mapoeni. É o mascote inspirador do grupo.  Sempre falante, alegre e feliz, transmite muita energia da floresta. Juli é figura marcante e presente em nossas expedições.

Pardal

Luiz Pardal, 61 anos

Nascido no Rio de Janeiro, é fundador do projeto, responsável pela formalização da ideia de mostrar a energia e cultura da floresta aos não índios que buscam o caminho do autoconhecimento. Quer trabalhar junto com as pessoas, famílias e comunidades moradoras da floresta para conscientizar quem vem de fora a promover o resgate da cultura, das magias e das medicinas ancestrais. Promove em conjunto com os outros fundadores ações em favor do manejo correto da floresta amazônica.

Valéria

55 anos

Nascida em São Paulo. Hoje se dedica a compreender a cultura, as narrativas dos representantes das etnias e apoiar integralmente as iniciativas promovidas pelo projeto Povo da Floresta. Mora no Rio de Janeiro com seu marido, Pardal (que por conta do trabalho se divide entre duas casas, uma no Rio e outra em São Paulo). Como pesquisadora acadêmica acredita que o conhecimento deste povo deve ser preservado e compartilhado como forma de entendermos nossas origens e aprendermos a viver em uma sociedade na qual a confiança e a retribuição são permanentes valores reconhecidos pelas comunidades indígenas.

Pedro

Pedro Benatti Alvim, 27 anos

Nascido em São Paulo, é antropólogo. Com o propósito de aproximar as Ciências Sociais e a espiritualidade, desde 2015 estuda as medicinas, rituais e cantos indígenas da região amazônica do Acre. Nesse estudo, ajuda grupos de trabalho espiritual e terapêutico holístico, recebendo irmãos indígenas em sua missão de levar sua cultura e cura mundo afora. No contexto urbano de São Paulo, é iniciado no estudo das dietas medicinais para compreender com responsabilidade as medicinas da floresta, a importância da natureza e assim poder, com experiência, levar os aprendizados àqueles no mesmo caminho. Acredita que a partir da união de saúde e espiritualidade a arte se revele tanto no convívio com os índios e sua rica cultura, quanto de não índios do mundo inteiro que expandem a consciência e querem conhecer esse universo ancestral.

Maíra

Maíra Teixeira da Silva , 38 anos

Nascida em Belo Horizonte, é comunicadora social. Trabalha no sentido de influenciar pessoas apresentando questões “invisíveis” nos lugares de trabalho, religiosos e nos grupos sociais que frequenta. O que a move é a construção, agora, de um mundo melhor, com menos desigualdade. Atua na comunicação do projeto com propósito de ajudar na concretização do objetivo de gerar riqueza, intercâmbio cultural, amorosidade e respeito mútuo dos povos da cidade com o povo da floresta. Trabalha pela força e bem coletivos com o intuito de ajudar a desenvolver nossa melhor versão como ser human@, dentro de uma lógica abundante. Atua para que todos possam ter espaço, bem-estar e respeito. “Eu sou porque nós somos”.

NOSSO PROPÓSITO

O Povo da Floresta nasceu de um desejo genuíno de transformação da minha vida. Uns podem dar o nome de chamado, mas eu prefiro dizer que era uma necessidade de buscar um significado maior da minha existência como ser humano. Essa busca me levou a nutrir minha espiritualidade e do autoconhecimento. Muitos são os caminhos. Minha escolha foi tomar o daime (a ayhuasca) e conhecer um pouquinho a cultura dos índios do Acre, região de grande tradição da bebida sagrada. A minha ida ao território dos povos indígenas me encheu de energia imensurável e senti que mais pessoas tinham de conhecer e poder sentir tudo o que vivi.

Percebendo que muitas pessoas como eu passam pela necessidade de reinvenção, de busca de propósito, convidei um grupo de pessoas para ajudar no projeto Povo da Floresta, que possibilita a troca de saberes com povos que vivem na Amazônia, especificamente no Acre.

E é preciso, de alguma forma, retribuir ao povo da floresta. Foi assim que comecei a pensar no projeto de expedições e procurei os líderes das etnias para saber se eles gostariam de participar e se nossa ideia poderia oferecer algum perigo a eles.

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A resposta foi positiva no sentido de contribuir pela busca da espiritualidade e da proteção ao ambiente. Eles decidiram então que podíamos caminhar lado a lado. Assim, desenhamos as expedições para que quem visite consiga se integrar à rica e vasta cultura dos hunikuins, shanenawás e a (terceira etnia).

Nosso intuito é oferecer aos expedicionários e expedicionárias uma experiênica espititual e ambiental, num local de força extrema. Mas sem alterar a rotina dos povos que ali vivem. Por esse motivo, os grupos são de até 10 pessoas e forma de retribuição às tribos é oferecendo materiais que eles escolhem, como ovas de peixes (para criação em pequenos açudes onde podem pescar na época de reprodução dos rios amazônicos), instrumentos musicais e o que eles necessitarem. Os materiais são de escolha dos líderes das tribos e são incluídos no planejamento da expedição. Além disso, o Povo da Floresta forma cada expedicionário ou expedicionária como multiplicador e defensor da cultura desses povos, da floresta e da natureza. Tudo em profundo respeito com o território, com os saberes ancestrais e com os moradores originais da terra que não índios chamam de Brasil.