Precisamos conscientizar as pessoas de todas as culturas sobre o perigo que a humanidade corre ao desmatar e destruir a floresta. A ordem é óbvia: parem de desmatar a floresta! Segundo a teoria Gaia, criada pelo cientista e ambientalista inglês James Ephraim Lovelock, com base em estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis, a Terra funciona como um ser vivo. Em resumo, qualquer alteração em alguma parte do corpo altera todo o metabolismo e funcionamento. Está tudo interligado. É fácil perceber isso hoje com os eventos climáticos em diversas partes do mundo. A preservação é essencial para o equilíbrio deste corpo único.

Os povos originários da Floresta Amazônica são considerados guardiões deste tesouro, que nos alimenta de 20 bilhões de toneladas de litros de água por dia. Ou seja, a Amazônia é uma usina de água (como você pode ver no vídeo do Códigos do Tempo). Os índices de desmatamento na Amazônia são os menores nas terras nas quais vivem indígenas, segundo dados do instituto de pesquisa Imazon.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 7.893 km² de área da Amazônia foram desmatadas entre 2015 e 2016. Esses são os dados mais atuais e a projeção para os anos de 2017 e 2018 é de aumento da desvastação. Em 2017, por pouco, o governo Federal não liberou um grande espaço para desmatamento, no Parque Nacional do Jamanxim no Pará. A decisão de liberar a área retirando o status de preservação só não ocorreu por que houve uma enorme pressão e mobilização de entidades, autoridades e personalidades do mundo nacionais e internacionais. Mas não é causa ganha, a bancada defensora do desmatamento, conhecida como bancada ruralista, é uma aliada importante no atual governo brasileiro.

O projeto Povo da Floresta foi idealizado no sentido de apresentar a cultura e o cotidianto dos povos originários da Amazônia a pessoas que entendam a importância da sabedoria ancestral da área e que ajudem na batalha pela preservação e respeito a esses territórios. Seja você também um (a) expedicionário (a).