Expedição e Vivência na Aldeia Paredão

ABRIL 2018

A Aldeia Paredão, com população indígena de etnia Shanenawa tem na sua totalidade 85 pessoas, sendo 25 adultos; 38 jovens de 13 a 18 anos e 28 crianças de 0 a 12 anos. Localizada a uma hora da cidade de apoio, Feijó/no Estado do Acre. Feijó está distante 368 km da capital Rio Branco/ Estado do Acre. As Aldeias Mãe Txanaya e Mukaya estão localizadas no Rio Envira, formada pela etnia Hunikuin. As atividades realizadas durante a expedição são consideradas de nível 1 de esforço físico.

Entrada na Floresta:
1º. Dia – Após chegada em Rio Branco no dia 02/04 no final da noite em Rio Branco, faremos um breve descanso e o grupo segue para Feijó após café da manhã. Esta viagem leva aproximadamente cinco horas, via transporte terrestre,
aonde pernoitamos.

2º. Dia – 04/04 – Após compras dos equipamentos e doações, saída para a Aldeia Paredão, por meio de embarcação indígena. Serão quatro dias nesta aldeia.

5º. Dia – 07/04 – Saída para a Aldeia Mukaya por meio de embarcação indígena, com duração aproximadamente de sete horas. Serão dois dias de atividade nesta aldeia.

7º. Dia – 09/04 – Saída para a Aldeia Txanaya por meio de embarcação indígena, com duração aproximadamente de duas horas. Serão dois dias de atividade nesta aldeia.

Saída da Floresta:
10º. Dia – Após permanência nas aldeias até o dia 12/04, o grupo retorna via transporte fluvial para de barco para Feijó. Lá o grupo retorna para Rio Branco, por meio de transporte rodoviário, para pernoite.

11º. Dia – No dia seguinte, 13/04, o grupo conhece a cidade de Rio Branco e no período da noite retorna à cidade de origem.

NOSSO PROPÓSITO

O Povo da Floresta nasceu de um desejo genuíno de transformação da minha vida. Uns podem dar o nome de chamado, mas eu prefiro dizer que era uma necessidade de buscar um significado maior da minha existência como ser humano. Essa busca me levou a nutrir minha espiritualidade e do autoconhecimento. Muitos são os caminhos. Minha escolha foi tomar o daime (a ayhuasca) e conhecer um pouquinho a cultura dos índios do Acre, região de grande tradição da bebida sagrada. A minha ida ao território dos povos indígenas me encheu de energia imensurável e senti que mais pessoas tinham de conhecer e poder sentir tudo o que vivi.

Percebendo que muitas pessoas como eu passam pela necessidade de reinvenção, de busca de propósito, convidei um grupo de pessoas para ajudar no projeto Povo da Floresta, que possibilita a troca de saberes com povos que vivem na Amazônia, especificamente no Acre.

E é preciso, de alguma forma, retribuir ao povo da floresta. Foi assim que comecei a pensar no projeto de expedições e procurei os líderes das etnias para saber se eles gostariam de participar e se nossa ideia poderia oferecer algum perigo a eles.

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A resposta foi positiva no sentido de contribuir pela busca da espiritualidade e da proteção ao ambiente. Eles decidiram então que podíamos caminhar lado a lado. Assim, desenhamos as expedições para que quem visite consiga se integrar à rica e vasta cultura dos hunikuins, shanenawás e a (terceira etnia).

Nosso intuito é oferecer aos expedicionários e expedicionárias uma experiênica espititual e ambiental, num local de força extrema. Mas sem alterar a rotina dos povos que ali vivem. Por esse motivo, os grupos são de até 10 pessoas e forma de retribuição às tribos é oferecendo materiais que eles escolhem, como ovas de peixes (para criação em pequenos açudes onde podem pescar na época de reprodução dos rios amazônicos), instrumentos musicais e o que eles necessitarem. Os materiais são de escolha dos líderes das tribos e são incluídos no planejamento da expedição. Além disso, o Povo da Floresta forma cada expedicionário ou expedicionária como multiplicador e defensor da cultura desses povos, da floresta e da natureza. Tudo em profundo respeito com o território, com os saberes ancestrais e com os moradores originais da terra que não índios chamam de Brasil.  

Interessado em participar de uma expedição? Deixe uma mensagem!