Introdução

Atualmente vivem na Floresta Amazônica mais de 210 mil índios – distribuídos em 405 áreas que representam 20,5% do território amazônico e 98,5% de todas as terras indígenas do Brasil. Mais de 10 milhões de pessoas vivem em áreas rurais na Amazônia, sendo 30 mil comunidades extrativistas.

Em março de 2017, eu (Luiz ou Pardal, na foto acima) conheci algumas aldeias e seus povos que vivem no Acre. Minha relação com esse povo começou após a intensificação de minha jornada espiritual como membro da religião do Santo Daime. Conheci esse caminho espiritual em 2001, mas a partir de 2015 me aprofundei nas práticas da doutrina espiritualista, quando conheci um grupo de seguidores do interior de São Paulo. Nesta oportunidade fui apresentado a um caboclo chamado Francisco da Silva, conhecido como Pelé, originário do Acre. O contato com ele e nossas conversas fez crescer em mim a vontade de conhecer a origem da religião, que tem como base a cultura e o conhecimento ancestral da utilização de plantas medicinais dos povos indígenas dessa região.

Com o objetivo de preservar, defender e fortalecer o Povo da Floresta procuro desenvolver projetos locais como a melhor estratégia de sustentabilidade para o futuro da região. Acredito firmemente que as populações tradicionais da Amazônia são as verdadeiras guardiãs da floresta.
Os povos indígenas em especial são os primeiros habitantes conhecidos da Amazônia. São chamados povos originários. Eles detêm o conhecimento ancestral da floresta, de suas riquezas medicinais e de biodiversidade, e de toda uma tecnologia de interatividade harmoniosa com ambiente. Esses povos coabitam juntos sem destruição há séculos.

O projeto Povo da Floresta tem como pilar de sustentação do trabalho a conscientização da importância da preservação da cultura dos povos que habitam a floresta e também ação para conter o avanço da fronteira agropecuária, pecuária e mineração, todas classificadas como ações predatórias do homem na floresta.

Nosso intuito é oferecer aos expedicionários e expedicionárias uma experiência espiritual e ambiental, num local de força extrema. Mas sem alterar a rotina dos povos que ali vivem. Por esse motivo, os grupos são de até 10 expedicionários e a forma de retribuição às tribos é o oferecimento de materiais que os índios escolhem, de acordo com suas necessidades, como ovas de peixes (para criação em pequenos açudes onde podem pescar na época de reprodução dos rios amazônicos), instrumentos musicais e o que eles necessitarem. Os materiais são de escolha dos líderes das tribos e são incluídos no planejamento da expedição. Além disso, o Povo da Floresta forma cada expedicionário ou expedicionária como multiplicador e defensor da cultura desses povos, da floresta e da natureza.

1ª Parada

A pacata cidade de Rio Branco/Acre (07/03/2017)

Embalado pelo ditado local “quem toma água do Rio Acre jamais sai do Acre”  permaneci dois dias em Rio Branco hospedado no Hotel São Paulo.

Explorei a cidade a pé e descobri um local sem edifícios e povoado por uma gente muito acolhedora.

Caminhando pelo Mercado Velho ao lado do Rio Acre conheci a Chef de cozinha Dna Angela Maria do Amaral no restaurante Cantinho da Morena e Seu Raimundo Nonato Pereira da Silva, dono da Casa de Plantas Medicinais.

2ª Parada

O caminho que me levou a cidade de Feijó (07/03/2017)

Agradeço ao baixinho de Feijó, por ter me levado de Rio Branco ao encontro do meu guia e amigo Pelé, na cidade de Feijó.

Foram seis horas de viagem para 256 km percorridos, por uma estrada cheia de surpresas e um visual que mistura a floresta e o reflexo da devastação da mata. Clique aqui e conheça aonde almocei!

3ª Parada

Feijó, uma cidade de índios e encontro com meu amigo e guia Pelé (08/03/2017)

Foi em Feijó, cidade do Açaí, com 32 mil  habitantes, aonde encontrei com meu amigo e guia Pelé e sua mulher, a Mapoani. Nesta cidade comprei meus equipamentos de viagem como, botas, Rede, mosqueteiro, lanterna, e outros produtos.  Assim parti para a minha primeira expedição nas terras indígenas.

4ª Parada

Minha viagem a Aldeia Paredão no baixo Rio Envira (09/03/2017)

O Cacique Busã, comandou o nosso barco descendo o Rio Envira em direção a Aldeia Paredão, de etnia shananawa. No caminho cruzamos com aldeias indígenas e barcos trafegando pelo rio com suas redes balançando ao leu.

4ª Parada

Minha localização na Aldeia Paredão – Etnia Shananawa

O Mais impressionante foi a minha vivência em um ritual mágico em uma noite de lua cheia!

4ª Parada

O terreirão da Aldeia Paredão, local de cultos e autoconhecimento

Dessa vez fui tomar um no Igarapé Paredão, na companhia do Pelé e o Cacique Busã.

5ª Parada

Almoço com Pajés e Caciques em Feijó (14/03/2017)

Durante o almoço com meu amigo Baianawa na cabeceira da mesa, conheci os Caciques Txuã Hua da Aldeia Txanaya ao meu lado esquerdo e a Cacique Anakã da Aldeia Nova Esperança, além da Cacique e dos Pajés nas fotos abaixo.

Nesse momento tive a oportunidade de apresentar o meu projeto e sentir o acolhimento do povo indígena das minhas ideias para a preservação de uma cultura originária brasileira.

6ª Parada

A caminho e Minha estadia na Aldeia do Caucho (15/03/2017)

Povo hospitaleiro, organizado e cheio de vida. Rica vegetação, aonde conheci os mistérios da mãe da terra.

6ª Parada

Minha localização no Rio Muru – Etnia

Durante toda a minha viagem encontrei formas de manter contato com minha família. Esta imagem foi coletada por minha mulher conforme a localização que encaminhei pelo meu celular.

Incrível, estamos no meio na floresta, nesta imensidão de verde e consegui fazer com que minha família acompanha-se a minha experiência. Fantástico!

7ª Parada

Aldeia Tamandaré e seus ritos indígenas (19/03/2017)

7ª Parada

As jóias do povo indígena (19/03/2017)

Uma mistura de sons dos tocadores indígenas e da voz e bailado das índias a etnia hunikuin demonstra o quão simples é ser feliz e ter gratidão pela natureza.

Suas jóias produzidas por miçangas coloridas são ornamentos utilizado pelo povo e comercializado para seu sustento.

E, assim me apaixonei pela Floresta e o povo que lá habita!

Vamos juntos ajudar este povo na manutenção floresta e sua cultura.
Luiz Pardal – Março/2017