Os povos originais da floresta Amazônica que fica no Acre vivem em completa harmonia com o entorno. Não destroem, mas utilizam a força da natureza para ganhar a subsistência. É desse local poderoso, repleto de vida e energia que vem toda sua cultura, seus saberes ancestrais, suas práticas e ritos. Uma das tarefas deste projeto é conscientizar o visitante que vêm de todas as culturas e regiões, sobre o perigo que a humanidade corre com a destruição da floresta Amazônica e todo tipo de floresta. A ordem a ser aprendida, ensinada e cumprida é: parem de desmatar a floresta!
Segundo registros oficiais, só em 2015, foram desmatados o equivalente a 128 campos de futebol por hora. Em 2016, acredita-se que o desmatamento foi maior, e, por pouco, o governo Federal estava preste a liberar um grande espaço para desmatamento, no Parque Nacional do Jamanxim no Pará. Isso não ocorreu apenas porque houve grande pressão de personalidades brasileiras, como Gisele Bundchen, e autoridades internacionais, como o governo da Noruega que fez uma sanção pública ao governo e retirou parte de investimentos destinados à proteção do importantíssimo bioma. Mas não é causa ganha, pois a bancada que patrocina a maior parte do desmatamento em terras brasileiras, com incidência direta nas leis, é uma aliada importante do atual governo.
É preciso, então, sensibilizar a opinião pública global e nacional para essa demanda antiga. Nossa proposta é municiar os expedicionários de informações relevantes para transformá-los em multiplicadores do conhecimento da importância da preservação da floresta. Isso se dará da melhor forma possível, pela experiência de vida em meio ao povo da floresta. Como as relações hoje se dão por intermédio de redes, sejam virtuais ou físicas, acredito no potencial de engajamento e transformação que uma causa urgente e nobre como essa tem.